O FRACASSO FRANCÊS : "O reformismo sem reformas do PS francês abriu o caminho para Sarkozy. A regressão social avizinha-se em todos os domínios..."
ALTERAÇÃO QUALITATIVA
Agrava-se a conivência do governo Sócrates com o imperialismo americano. A actuação da tropa portuguesa no Afeganistão esta' em vias de sofrer uma alteração qualitativa: ate' agora dizia-se que a sua presença ali seria para a "manutenção da paz". Doravante irá participar de missões ofensivas de alto risco "sem qualquer limitação do uso de força" . Actualmente Portugal tem tropas no Afeganistão, no Kosovo, na Bósnia-Herzegovina e no Líbano . Esta participação intensa na aventuras imperialistas da NATO tem sido relativamente silenciada pelos media portugueses.
O FRACASSO FRANCÊS
O reformismo sem reformas do PS francês abriu o caminho para Sarkozy. A regressão social avizinha-se em todos os domínios, bem como as ideias racistas de Le Pen por ele endossadas. É provável que esconda as garras durante alguma semanas, até as eleições legislativas — mas o seu programa não deixa lugar a dúvidas.
O modo de produção capitalista tornou-se de tal forma parasitário que já não pode coexistir com as conquistas sociais do passado. Sarkozy será o executor da sua destruição. Contará para isso com a "oposição" benevolente deste PS capitaneado pela sra. Royal. É um paradoxo que no mesmo momento em que a economia dos EUA sofre um abalo profundo e está à beira de uma crise grave Bush tenha conseguido um aliado de peso na Europa.
VENEZUELA ABANDONA FMI & BM !
O presidente Hugo Chávez anunciou dia 1º de Maio que a Venezuela sairá do FMI e do Banco Mundial. "Não nos fazem falta nenhuma estes organismos", declarou. O presidente recordou que durante vários anos os salários mínimos estiveram congelados, mesmo quando a inflação chegava aos 100%, devido aos mecanismos exploradores do capitalismo selvagem e dos ditames do Fundo Monetário Internacional. "Vinham à Venezuela. Aqui não havia governo. Quanta gente não morreu à espera que se reconhecessem as suas míseras pensões? Isso sim era uma ditadura", considerou o presidente Chávez.
A notícia está em
Agência Bolivariana de Notícas .
BP QUER AGRAVAR OS MAIS POBRES
Faz parte do b-a-bá da política fiscal que os impostos indirectos são mais injustos do que os directos. Os indirectos penalizam todos por igual, ricos ou pobres. O directos podem ser modulados por escalões e por isso, em princípio, podem ser menos injustos. Este truísmo elementar é arqui-conhecido e consta em praticamente todos os manuais de política fiscal. Por isso, não lembra ao diabo a ideia de extinguir impostos directos (como o IRC e IRS) e substituí-los pelo aumento do principal imposto indirecto, o IVA. Mas é exatamente isso o que propõe uma economista do Banco de Portugal em documento publicado por aquela instituição: Efeito sobre a equidade de um aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado . É preciso arrojo para falar em equidade numa tal proposta. Nem o governo Bush teve este atrevimento.
Chega de elefantes brancos! Assine a petição on line para impedir a construção de qualquer novo aeroporto em Portugal (seja qual for a sua localização): http://www.PetitionOnline.com/naoaerop/petition.html Ver também: A produção de jet fuel e a dispensabilidade de novos aeroportos , de John Busby. Peak Oil: A crise global que se aproxima e o declínio da aviação , de Alex Kuhlman. Esgotamento do petróleo, tráfego aéreo e construção de novos aeroportos , de John Busby. O Novo Aeroporto de Lisboa e a escassez de petróleo , de Demétrio Carlos Alves. |
BÉLGICA PROÍBE MUNIÇÕES E BLINDAGENS DE URÂNIO
A Bélgica foi o primeiro país do mundo a banir as armas de urânio empobrecido!
A Comissão de Defesa Nacional da Câmara belga votou por unanimidade, a 7 de Março, a proibição da utilização de "munições inertes e placas de blindagem" de urânio empobrecido no território belga. Em 22 de Março a lei foi aprovada pelo Parlamento, com o voto unânime de todo o espectro político.
Os deputados concordaram em que a fabricação, utilização, armazenagem, venda, aquisição, fornecimento e trânsito destes sistemas de armas convencionais deveria ser proibido. No último minuto a palavra "armas" foi apagada para garantir que a proposta de lei não abrangesse as bombas termonucleares estado-unidenses armazenadas na base da Força Aérea de Kleine Brogel.
A Assembleia da República e o governo português, que está sempre a louvar as realizações europeias, têm aqui um excelente exemplo a seguir.
A notícia está em Belgium Bans Uranium Weapons and Armour . A imprensa portuguesa que se diz "de referência" ignorou-a.
CRIMES ECONÓMICOS CONTRA OS POVOS
O milho, desde sempre, constituiu a base alimentar do povo mexicano. Até a entrada no NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o México era um país com soberania alimentar: a sua produção interna de milho era suficiente para atender às necessidades do seu povo. A partir do NAFTA, a produção interna mexicana foi arruinada pelas importações do milho dos Estados Unidos. O milho mexicano não podia competir com os preços subsidiados dos produtores estado-unidenses. Isto, só por si, provocou uma tragédia de desemprego e desertificação rural, forçando à emigração maciça de camponeses empobrecidos para os EUA — muitas vezes de forma ilegal e com riscos de vida.
O segundo capítulo desta triste história foram aumentos de preços brutais. Entre Janeiro/2006 e Janeiro/2007 a cotação do milho subiu 60,8 por cento, impossibilitando a milhões de mexicanos o acesso ao seu alimento básico. É a questão das "tortilhas", mencionada por alguns media portugueses como se fosse algo pitoresco e sem situá-la no contexto histórico. E por que subiu tanto e tão de repente o preço do milho? Resposta: porque nos EUA estão a desviar milho para a produção de bioetanol, um substitutivo da gasolina.
Algumas lições que já se podem extrair desta história em desenvolvimento:
1) O neoliberalismo económico conduz a desastres e as suas vítimas são os povos;
2) A integração no NAFTA foi e é uma tragédia para o México, sob muitos aspectos;
3) A perda de soberania alimentar de um país provoca riscos acrescidos para o seu povo;
4) É demagógico e anti-ético desviar a produção de alimentos para a fabricação de mixórdias combustíveis, apregoadas como energia "renovável" por pseudo-ecologistas interessados no seu próprio business (isto vale também para Portugal);
5) Além de demagógico, é de uma inanidade absoluta tentar substituir petróleo por biocombustíveis líquidos. No caso português, por exemplo, jamais será possível substituir uma fracção minimamente significativa do petróleo consumido – 18,3 milhões de toneladas/ano – por combustíveis de origem vegetal;
6) As tentativas de promover os biocombustíveis líquidos, cumprindo Directiva da UE, estão a gerar uma procura de biodiesel que provoca verdadeiras tragédias no Terceiro Mundo.
7) Nem sequer o ambiente urbano chega a ser beneficiado com tais medidas. Não é porque se mistura 5 por cento de biodiesel ao gasóleo, como em Portugal, que as emissões poluentes reduzem-se algo que se sinta.
8) No mundo pós Pico de Hubbert deve-se constatar sem rodeios que o petróleo não pode ser substituído. A humanidade terá de reduzir o seu consumo energético. Para conseguir isso de um modo racional e humano, um bom princípio é a adopção do Protocolo do Esgotamento . Quanto mais tempo o mundo ignorar o problema do esgotamento mais ele se agravará e piores serão as consequências futuras. Ver a propósito o Projecto de Resolução Nº 164/X , publicado no Diário da Assembleia da República, 2ª série, 20/Dezembro/2006.
O PORMAIOR DO FINANCIAMENTO
O belo filme "As bandeiras dos nossos pais", de Clint Eastwood, aflora um aspecto importante: como os EUA financiaram a Segunda Guerra Mundial. Este financiamento foi feito através de empréstimos públicos, da venda de títulos obrigacionistas. As personagens do filme, herois que supostamente hastearam a bandeira em Iwo Jima, são utilizados para a 7ª campanha de venda dos títulos.
O contraste com os tempos actuais é enorme. Agora o monstro imperialista financia as suas guerras de agressão contra os povos de todo o mundo, e as suas 737 bases militares no estrangeiro (números oficiais do Pentágono para 2005), através do inflacionamento. A impressão dos bilhetes de dólar verifica-se em quantidades jamais vistas na história dos EUA. É preciso remontar à República de Weimar em 1923, ou à Argentina em 2001, para encontrar algo semelhante. A diferença é que os EUA podem exportar esta inflação para o resto do mundo, ao contrário de Weimar e da Argentina. Até quando poderá perdurar tal situação?
PSICO-GUERRA MACIÇA CONTRA A VENEZUELA
Por solicitação do Departamento de Estado dos EUA, a empresa Pandemics Studios lançou no mercado o vídeo jogo Mercenaries 2: World in Flames (Mercenários2: O mundo em chamas). O objectivo desta peça é incutir na mente de milhões de adolescentes no mundo todo, em poucos meses, a ideia de que um grupo de cães de guerra deve invadir a Venezuela e executar ali acções de destruição maciça a fim de “defender os recursos petrolíferos” (sic). A versão 1 deste jogo vendeu 1,5 milhão de cópias a centros de vídeo-jogos. Considerando que cada centro pode ser frequentado por 1000 a 2000 jovens, estiveram expostas ao dito "jogo" um total de 1,5 a 3 mil milhões de pessoas no mundo todo.
COMPREENDER A FUNÇÃO EXPONENCIAL
Compreender a função exponencial é uma tarefa urgente para a humanidade. Todos deveriam entendê-la, a principiar pelos políticos. Assim, não seria repetida tão frequentemente a lenga lenga mistificatória do "sustentável". Como mostrou Jared Diamond, em Collapse , a extinção de muitas civilizações deveu-se à não compreensão do que é uma função exponencial. O vídeo abaixo (em castelhano) é a reprodução de uma conferência do Dr. Albert A. Bartlett, da Universidade do Colorado. Para assistir ligue o alto-falante e clique sobre a imagem:
QUANDO OS ABUTRES JULGAM
Quaisquer que fossem os crimes de Saddam Hussein, eles são insignificantes perante os dois milhões de mortos que o imperialismo americano já produziu no Iraque. Diante da magnitude dos crimes de Bush pai, Clinton e Bush filho, Saddam Hussein parece uma criatura verdadeiramente angelical. O tribunal fantoche de Bagdad, constituído sob a bota da tropa de ocupação estadunidense & britânica, não tem qualquer legitimidade, legalidade e nem sequer decência para julgar seja quem for. A verdadeira justiça no Iraque só poderá começar quando forem expulsos os invasores. Até lá, a execução de Saddam Hussein será apenas mais um dos milhentos crimes perpetrados pelo imperialismo americano.
A GUERRILHEIRA
O filme mostra a história do ingresso e treinamento de uma jovem, Isabel, nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Este documentário, do dinamarquês Frank Poulsen, tem 01h14m de duração e foi filmado num acampamento na selva colombiana. Ele descreve a difícil transição de uma vida normal para as fileiras das FARC e o árduo treinamento que Isabel tem de enfrentar.
"As pessoas perguntam-se porque Isabel deixou tudo para trás a fim de se unir às FARC", considera o realizador do filme. E responde: "Bem, o presidente da Colômbia é um narcotraficante. O seu regime assassina as pessoas que se atrevem a criticar a sua política". Assim, conclui Poulsen, "seria melhor perguntar: o que fazemos nós ao apoiar este tipo?".
Ligue o alto-falante antes de carregar o filme.
PAÍS SANGRADO
As remessas de lucros e dividendos para fora do Brasil, de multinacionais e especuladores que operam no mercado de capitais brasileiro, triplicaram durante o governo Lula. Estas remessas foram de US$ 5,1 mil milhões de dólares em 2002 e agora, em 2006, saltaram para US$ 15,5 mil milhões (até Novembro, com as de Dezembro poderá chegar aos US$ 16 mil milhões).
CONTRATO ENTRE IRÃO E VENEZUELA É EM EUROS
O Irão assinou com a Venezuela o primeiro contrato denominado em euros entre os dois países, no valor de € 211 mihões. O contrato refere-se ao fornecimento de quatro navios petroleiros de 104 mil toneladas cada um. Ambos os países estão a reduzir a proporção de dólares americanos nas reservas dos seus bancos centrais, bem como nas respectivas transacções internacionais.
A notícia está em FARS .
VENEZUELA NA VANGUARDA DO CRESCIMENTO
Em 2006 — pelo segundo ano consecutivo — a República Bolivariana da Venezuela terá das mais altas taxas de crescimento do o continente. É o que prevê o Balanço preliminar elaborado pela Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe (CEPAL). A estimativa para o crescimento do PIB venezuelano em 2006 é de 10 por cento (em 2005 este fora de 9 por cento). No entanto, segundo a CEPAL o crescimento do PIB cubano (não está no gráfico) foi ainda mais elevado: previsão de 12,5 por cento em 2006 e 11,8 por cento em 2005.
IMPOSTURA E MISTIFICAÇÃO
O imperialismo agita falsos problemas para esconder os verdadeiros, por ele próprio provocados. O envenenamento do planeta com urânio empobrecido caminha a passos largos. Centenas de toneladas deste veneno químico, físico e radiológico já foram ou continuam a ser espalhados no Iraque, Afeganistão, Líbano e antiga Jugoslávia. O urânio empobrecido tem uma semi-vida de muitos milhões de anos e não será possível limpá-lo da face da Terra. O dano é irreversível. O imperialismo e os seus acólitos, como Israel e a Grã-Bretanha, estão a praticar uma política de extermínio da vida no Planeta Terra. Como afirma Leuren Moret , basta uma tempestade de areia no Iraque para que num par de dias esse pó com efeitos teratogénicos esteja na estratosfera, sobre a Europa e os Estados Unidos.
Contudo, este problema vital para os destinos de todas as espécies existentes no nosso planeta está absolutamente ausente dos medias corporativos que se proclamam "de referência". É como se não existisse. Eles mentem-nos por omissão. O silenciamento é deliberado. São cúmplices da catástrofe ecológica e biológica agora em curso, provocada pelo militarismo ensandecido dos EUA.
Mas o que nos diz a desinformação praticada pelos tais medias auto-proclamados "de referência"? Entretem-nos com tretas, enganam-nos com mistificações em escala maciça. É o caso da impostura do aquecimento global , de que nos despejam doses cavalares. Fazem terrorismo com um problema inventado e escondem aqueles realmente existentes, e gravíssimos, como o envenenamento planetário pelo depleted uranium. Por sua vez, políticos tão ignorantes quanto os jornalistas que escrevem tais estórias, fartam-se de repetir as ladainhas do International Panel of Climate Change (IPCC).
Ainda agora, o sr. Al Gore produziu um filme a propagandear o dito "aquecimento global" (confundindo problemas climatológicos com problemas ambientais). Mas este senhor – que posa como progressista e foi candidato à presidência dos Estados Unidos – nunca abriu a boca contra as invasões do Iraque, do Afeganistão, do Líbano, da ex-Jugoslávia, com todo o seu cortejo de crimes de lesa humanidade.
A barragem avassaladora da desinformação provoca um défice de consciência quanto aos problemas reais que estão em causa. Não é nada fácil combate-lo.
DISCURSO DE CHAVEZ NA ONU
Para ouvir o discurso do Presidente Hugo Chávez na 61ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 20 de Setembro de 2006, clique chavez_onu_2006.mp3 com o botão direito do rato para descarregar (3677 kB).
Para assistir, com imagem, clique em youtube.com .
NÃO AO SILENCIAMENTO DO MASSACRE
Os crimes da entidade sionista contra o povo palestino continuam. E os media que se dizem "de referência" continuam a silenciá-los. Ou, pior ainda, a apresentar como uma guerra legítima aquilo que é um massacre unilateral contra um povo desarmado. O Centro Palestino pelos Direitos Humanos relata hora a hora a ofensiva assassina da tropa israelense, efectuada com o apoio do governo bushista. Ver em
http://www.pchrgaza.org/
AS DORES QUE NÃO PARAM O MUNDO
" (...) O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras pára perante a dor falsa de um futebolista. As minhas mágoas que são tantas e tão verdadeiras e nenhum árbitro manda parar a vida para me atender, reboladinho que estou por dentro, rasteirado que fui pelos outros. Se a vida fosse um relvado, quantos penalties eu já tinha marcado contra o destino? (...)
Mia Couto, in O fio das missangas , Editorial Caminho, Lisboa, 2004, 148 pgs., ISBN: 972-21-1611-8
O COBIÇADO PETRÓLEO DE TIMOR
O petróleo do Mar de Timor desperta a cobiça australiana. O primeiro-ministro Howard actua como se lhe pertencesse e como se Timor fosse uma província sua e não um país independente. Alkatiri, primeiro-ministro de Timor, é um patriota. Ele quer por este petróleo em concurso internacional, quer que empresas de outros países – como a China e o Japão – possam também competir, possivelmente com melhores condições. Mas o seu homólogo australiano não quer concorrência. Daí o golpe de estado preparado há muito e agora consumado com o afastamento de Alkatiri. A atitude do presidente Xanana Gusmão foi no mínimo ambígua.
Ver Timor Leste: o golpe que mundo não percebeu , de John Pilger e Porque a Austrália quer uma mudança de regime em Timor Oriental , de Nick Beams.
IRÃO ADVERTE EUA:
INTERRUPÇÃO DO ABASTECIMENTO DE PETRÓLEO
"Se fizerem o movimento errado em relação ao Irão, os fluxos de energia nesta região ficarão certamente em perigo", advertiu domingo dia 4, em discurso televisionado, o ayatollah Ali Khamenei, líder supremo do Irão.
Os responsáveis iranianos anteriormente afastavam a ideia de utilizar o petróleo como arma no impasse nuclear imposto pelo Ocidente. Mas este discurso, agora, sugere que o quarto maior exportador de petróleo do mundo poderá interromper o abastecimento se for pressionado.
"Vocês [os americanos] não são capazes de garantir os fluxos de energia nesta região", afirmou o supremo líder iraniano.
Khamenei, no seu discurso, não se referiu explicitamente ao enriquecimento do urânio mas disse: "Estamos comprometidos com os nossos interesses nacionais e quem quer que os ameace experimentará a cólera afiada desta nação". Ele louvou também os esforços dos cientistas nucleares do país no desenvolvimento autónomo da tecnologia nuclear.
Ver também: O Irão tem direito à auto-defesa .
OS ESQUADRÕES DA MORTE NO IRAQUE
Quem está por trás dos esquadrões da morte no Iraque? Este flash movie mostra quem são os seus autores intelectuais e como a sua experiência ganha na América Central foi transportada para aquele martirizado país:
http://www.cryingwolf.deconstructingiraq.org.uk/index.html
BOMBAS NUCLEARES
Clique aqui para assistir à simulação das consequências de um ataque ao Irão com bombas nucleares anti-bunker (Nuclear Bunker Buster Bomb), feita pela Union of Concerned Scientists.
O MUNDO "NÃO PODE ATENDER À PROCURA DE PETRÓLEO"
Christophe de Margerie, um dos principais responsáveis da Total – a quinta maior empresa de petróleo do mundo –, reconheceu publicamente que não é possível produzir petróleo suficiente para atender às projecções de procura da próxima década. As suas declarações foram publicadas na edição de 8 de Abril do jornal londrino The Times .
Aquele alto responsável francês afirmou que "números como 120 milhões de barris por dia jamais serão alcançados" e criticou a Agência Internacional de Energia da OCDE por prever uma procura de 121 milhões b/d em 2030. Além disso, considerou que o mundo enfrenta não só um problema de reservas como também de capacidade de extracção.
Estas declarações do administrador da Total somam-se a declarações anteriores de responsáveis da Chevron e da Repsol reconhecendo explicitamente a existência do pico petrolífero de produção. Há poucos dias, também o US Army Corps of Engineering reconheceu a existência do pico petrolífero. Só a União Europeia (e o governo português) é que ainda não acordaram.
OS MEDIA DELES NÃO MOSTRAM ESTAS IMAGENS
Já há cerca de 17 mil mutilados estadunidenses da guerra do Iraque. No entanto, os media corporativos não os mostram. Nos EUA, ou em Portugal, é como se não existissem. Os media pasteurizados da classe dominante esmeram-se na arte da desinformação e do encobrimento da realidade.
As imagens destes pobres mutilados, recrutados entre as classes sociais baixas dos EUA, são chocantes. Elas mostram o custo humano da guerra bárbara que o imperialismo desencadeou no Iraque. Mas, ao serem vistas, não se deverá esquecer que as principais vítimas destes três anos de guerra estão entre o heróico povo iraquiano e não na tropa agressora. As imagens estão em:
http://www.voltairenet.org/article136827.html
(impróprio para pessoas sensíveis).
SALVAR OS PROFESSORES IRAQUIANOS
Um aspecto pouco conhecido da tragédia que engolfa o Iraque é a liquidação sistemática dos seus académicos. Mais de 250 professores foram assassinados e centenas de outros desapareceram. As camadas médias e intelectualmente mais preparadas do país, que se recusaram a ser cooptadas pelo invasor estadunidense e seus acólitos locais, estão a ser dizimadas.
A petição abaixo foi lançada pelo Tribunal de Bruxelas, com o apoio de numerosas organizações e personalidades de muitos países. Para assiná-la vá a
http://www.petitiononline.com/Iraqacad/petition.html
O CUSTO DA GUERRA DO IRAQUE
Os custos financeiros reais da guerra do Iraque para o governo dos EUA podem elevar-se até a US$2 x 10 12 (trillions), afirma Joseph E. Stiglitz, em estudo agora publicado. Este valor é superior em mais de 10 vezes àquele que fora considerado no início da guerra.
O estudo do Prof. Stiglitz, prémio Nobel de Economia, pode ser visto em:
http://www2.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz/Cost_of_War_in_Iraq.pdf
GREENSPAN RECONHECE O PICO PETROLÍFERO
Alan Greenspan, então presidente do banco central dos EUA, reconheceu publicamente a realidade do pico de produção petrolífera numa conferência dada em Tóquio a 17 de Outubro. Ele também considerou que doravante já não existe folga entre a oferta e a procura no mercado do petróleo, o que se reflecte no preço do barril.
"(...) a produção a partir das reservas de petróleo convencional (...) está destinada a atingir o pico", afirmou Greenspan. O presidente do Federal Reserve, que se vai reformar em Janeiro próximo, manifestou esperança no desenvolvimento de novas fontes de energia, "especialmente as fontes de petróleo não convencional". Assim, concluiu, "nós, e o resto do mundo, teremos sem dúvida de viver com as incertezas da geopolítica e de outras dos mercados petrolíferos.
O discurso de Greenspan está em:
http://www.energybulletin.net/9871.html
REPSOL TAMBÉM RECONHECE O PICO
A Repsol YPF, a principal companhia petrolífera espanhola, reconheceu formalmente a realidade do pico petrolífero. O reconhecimento foi feito por um dos seus directores durante a última conferência da European Association of Geoscientists and Engineers, o qual apresentou ali o seguinte gráfico do declínio:
A notícia está em http://www.crisisenergetica.org/
CHEVRON RECONHECE O PICO
A Chevron — uma das maiores companhias petrolíferas do mundo — já reconhece explícita e publicamente o pico petrolífero. A companhia está a publicar anúncios nos media que dizem coisas como esta:
"Levou 125 anos para usarmos o primeiro trilião de barris de petróleo. Usaremos o trilião seguinte em 30 anos. A energia será uma das questões definidas deste século. Uma coisa é clara: a era do petróleo fácil está acabada" (sic).
A Chevron, além disso, solicita a ajuda do público a fim de racionalizar o uso do petróleo e abriu o sítio web http://www.willyoujoinus.com/ (será que você se juntará a nós?) destinado a promover o diálogo acerca dessas questões.
Devagar e lentamente o mundo começa a despertar para a realidade da Curva de Hubbert, do pico petrolífero e do esgotamento inexorável que se seguirá.
Só em Portugal é que o governo ainda não acordou: insiste em iniciar agora a construção de um novo aeroporto de raíz a ser inaugurado em 2015 ! — ano em que o tráfego aéreo mundial já estará claramente em declínio. Ver o artigo Esgotamento do petróleo, tráfego aéreo e construção de novos aeroportos , de John Busby.
IMPEDIR O NOVO E RUINOSO
AEROPORTO DE LISBOA
O governo insiste na construção de um novo aeroporto para Lisboa. Ele seria inaugurado por volta de 2015, ou seja, muito depois do pico petrolífero. Assim, investir na construção de um novo aeroporto — seja qual for a sua localização (Ota ou alhures) — constitui um erro gigantesco e ruinoso para a economia nacional. Portugal não precisa de qualquer novo aeroporto (nem provavelmente qualquer outro país do mundo).
Após o pico de Hubbert , e a consequente alta do preço do petróleo, o volume de tráfego aéreo em todo o mundo irá estagnar e até mesmo regredir. Não se justifica, portanto, estar a gastar quantias enormes na construção de um aeroporto a partir do zero. Trata-se de um desperdício de recursos tão colossal que legará uma pesada dívida às futuras gerações de portugueses.
Este governo, se tivesse lucidez, deveria de imediato aplicar os recursos que dispõe numa política geral de substituição do petróleo por gás natural e outros meios energéticos em todos os sectores de actividade — a começar pelos transportes.
A factura petrolífera do país em 2005 (quando o preço médio do barril de Brent ainda era de US$ 55,07) foi de 6.690 milhões de dólares, ou seja, um aumento de 42,7% em relação a 2004. E em 2006 o preço médio do Brent continua a aumentar (ver preços de referência nesta coluna, mais abaixo).
Para um governo que se queixa do défice orçamental — e que faz os portugueses pagarem por isso — tal iniciativa é aberrante. Ela revela, além disso, uma ignorância espantosa acerca da realidade energética mundial.
É urgente criar um movimento de opinião pública que impeça a consumação deste novo crime de lesa economia nacional. Portugal está farto de maus investimentos que o arruinam, provocam défices e prejudicam a sua população. Os interesses nacionais estão acima dos interesses de empreiteiros de obras públicas.
À ESPERA DE MILAGRES
Para o governo Sócrates, a solução dos problemas económicos portugueses depende da concretização de milagres sucessivos ao longo de vários anos. O seu Programa de Estabilidade e de Crescimento: 2005-2009 , que joga no lixo o Programa Eleitoral e o Programa de Governo, apresenta entre as suas "hipóteses subjacentes" (pg.72, sic) a seguinte evolução dos preços do barril de petróleo (Brent):
2005: US$50,1
2006: US$50,3
2007: US$49,0
2008: US$47,0
2009: US$46,0
Verifica-se assim que, para o governo português, os preços do barril não só não irão aumentar como ainda — oh milagre! — irão reduzir-se.
É uma pena que nenhum dos ministros do governo tenha tido tempo para assistir à importante conferência internacional realizada em Lisboa pela ASPO , em 19-20/Maio/2005. Mas ainda podem sanar as suas lacunas quanto ao conhecimento do mundo real: as comunicações ali apresentadas estão em
http://www.cge.uevora.pt/aspo2005/abstracts.php .
Ver abaixo, nesta coluna, a evolução dos preços de referência em 2005.
PETIÇÃO INTERNACIONAL PARA PROIBIR
AS ARMAS COM URÂNIO EMPOBRECIDO
Clique a imagem para assinar.
COMBATENTES BOLIVARIANOS
Clique a imagem para ampliá-la.
A DEPAUPERAÇÃO DA AMÉRICA LATINA
A transferência líquida de recursos da América Latina para o exterior subiu para 77,82 mil milhões de dólares em 2004, informa a Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina. Em 2003 este montante fora de US$34,38 mil milhões; em 2002 de US$40,98 mil milhões; e em 2001 de US$2,89 mil milhões.
Clique aqui para ver os dados desagregados por país.
O PREÇO DO PETRÓLEO
A tendência estrutural para a alta do preço do petróleo é inelutável. As causas básicas para isto estão na Curva de Hubbert , no pico petrolífero, na diminuição das reservas mundiais, no facto de os maiores campos petrolíferos do mundo estarem próximos do pico, no não planeamento do consumo deste recurso finito, na anarquia do mercado capitalista, no desperdício absurdo dos países desenvolvidos (a começar pelos EUA), no gigantesco fracasso militar dos EUA no Iraque. No entanto, nada disto transparece nos media ditos 'de referência' que continuam a desinformar os seus leitores com dados conjunturais e desenquadrados do contexto geral.
Os piores cegos são aqueles que não só não querem ver como também desinformam os outros acerca da realidade. O não reconhecimento da realidade impede a adopção das medidas que se impõem.
Texto do protocolo
ENCONTRO INTERNACIONAL
'CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE'
Leia a declaração aprovada em 25/Set/04 no plenário do Encontro Internacional "Civilização ou Barbárie", em Serpa:
DECLARAÇÃO DE SERPA , français , español , English
As comunicações (nas línguas originais) disponíveis para descarregamento encontram-se em: COMUNICAÇÕES
Encontro Internacional "Civilização ou Barbárie"
"Civilization or Barbarism" — International Meeting
O programa de trabalhos desenvolvido encontra-se em: Programa
PREVISÃO DE US$125 POR BARRIL
A produção mundial de petróleo atingirá o seu pico nos próximos dois anos e a seguir começará a definhar, remetendo os preços para cerca de US$125 por barril. A previsão é do dr. Sansan Ali Bakhtiari, perito iraniano em petróleo, que a convite do governo australiano fez uma palestra acerca das reservas mundiais de petróleo.
O dr. Bakhtiari considera que a falta de segurança económica afectará as taxas de fertilidade de países pouco povoados como a Austrália. "Penso que a grande mudança terá, muito em breve, impacto sobre a população", afirmou. Assim, acrescentou "eu não construiria muitas escolas adicionais: haverá menos crianças". Além disso, "não construiria aeroportos hoje: haverá muito menos viagens pois elas ficarão demasiado caras".
A POLÍCIA NAS BIBLIOTECAS
"ADVERTÊNCIA
"Embora a Biblioteca de Santa Cruz faça todos os esforços para proteger a sua privacidade, sob a Lei Pública Federal 107-56, USA PATRIOT ACT, os registos dos livros e de outros materiais emprestados por esta biblioteca podem ser obtidos por agentes federais.
"Aquela lei federal proíbe os funcionários da biblioteca de o informarem se agentes federais obtiveram registos sobre a sua pessoa. Questões acerca desta política deveriam ser dirigidas ao Procurador Geral John Ashcroft, Departamento da Justiça, Washington, D.C. 20530".
NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
As últimas notícias do Iraque estão no
Iraqi Resistance Report e em
Clique a imagem abaixo para assinar a mailing list da Uruknet:
CRIMES NEFANDOS DE LESA-HUMANIDADE
As imagens apresentadas nesta video-animação são chocantes. Elas mostram os crimes de guerra cometidos no Iraque, no Kosovo e no Afeganistão por meio de munições fabricadas com urânio empobrecido (depleted uranium). O encobrimento destes factos tem sido uma política sistemática por parte dos medias do mundo ocidental, portugueses inclusive. Por sua vez, a chamada 'comunidade internacional' finge ignorar os crimes do governo dos EUA tal como no passado fingiu ignorar os crimes da Alemanha hitleriana.
http://www.bushflash.com/pl_lo.html
A CONTAGEM
Clique aqui para ver o calendário oficial das mortes de militares americanos no Iraque .
Quanto aos mortos iraquianos, os invasores não se dão ao trabalho de contar. Os criminosos não se importam com as suas vítimas.
http://cryptome.org/mil-dead-iqw.htm
Para saber o montante da (colossal) dívida pública americana neste exacto instante, clique aqui .

"...sob certas condições, os capitalistas privados inevitavelmente controlam, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É então extremamente difícil, e na maior parte dos casos na verdade quase impossível, para o cidadão individual chegar a conclusões objectivas". Albert Einstein, no seu ensaio de 1949 Porquê o socialismo . |
"As acções alcançaram o que parece ser um patamar permanentemente alto". Irving Fisher, Professor of Economics, Yale University, 1929.
Henry Kissinger: "O desafio básico é que a chamada globalização é realmente um outro nome para o papel dominante dos Estados Unidos". Palestra no Trinity College, Dublim, 12/Out/99.
O mestre de Bush:
"Com voz ou sem ela, o povo pode sempre ser levado a submeter-se à vontade dos dirigentes. É fácil. Tudo o que se tem de fazer é dizer-lhe que está a ser atacado, e denunciar os pacifistas por falta de patriotismo e por exporem o país ao perigo".
Reichsmarschal Hermann Goering, comandante da Força Aérea Nazi (Luftwaffe), nos Julgamentos de Nuremberg.
Em 1996, depois de cinco anos de sanções e de persistentes bombardeamentos contra o Iraque, o repórter da CBS Lesley Stahl fez a seguinte pergunta à embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Madeline Albright:
— Ouvimos dizer que meio milhão de crianças morreu (em consequência da política americana contra o Iraque). Valeu a pena pagar esse preço?
Resposta de Madeline Albright:
— Nós pensamos que valeu a pena.
Ver um crime com calma é cometê-lo.
José Martí
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